HMAR seleciona primeiro paciente para participar de estudo da FioCruz
O Hospital Memorial Arthur Ramos (HMAR), juntamente com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), selecionou o primeiro paciente alagoano apto a participar da pesquisa “Avaliação da eficácia e segurança do fator de crescimento epidérmico recombinante (FCEhr) intralesional em participantes com úlcera de pé diabético no Brasil”, conduzida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
No dia 14/12, as médicas integrantes da liderança científica do estudo, Dra. Beatriz Ferraz Cabanelas e Dra. Fabíola Araújo Cordeiro, acompanhadas de Rosane Will, enfermeira e também monitora do estudo, estiveram no HMAR. Durante a passagem, o grupo realizou a primeira visita de monitoria médica, após os três meses de início do estudo. “São 12 centros envolvidos em todo o país e a meta do estudo são 304 pacientes. Destes, cinco já iniciaram e estão recrutando participantes e, no HMAR, representando o estado de Alagoas, já tivemos o primeiro paciente recrutado. Até o momento o estudo avança com cinco pacientes participantes. Não é um processo tão rápido quanto as pessoas imaginam porque o estudo é complexo e precisamos ter muito cuidado na seleção desses pacientes para que tenhamos qualidade de dados e informações suficientes para conseguir o registro do produto”, explicou a Dra. Beatriz Ferraz Cabanelas.
Conforme explicou a equipe, o estudo se divide em três fases: a primeira fase é de seleção e tratamento, a segunda é uma fase de acompanhamento do paciente e a terceira é a fase de extensão. O objeto final da pesquisa será o registro desse produto no Brasil, que já é registrado em 26 países, cujo detentor da patente é Cuba, mas ainda é preciso provar à Anvisa que esse medicamento realmente é eficaz e vai melhorar muito a vida da população com pé diabético aqui no Brasil. “Com isso será possível evitar as amputações que é a complicação maior, pois temos um grande índice de amputações causadas por pé diabético no Brasil, principalmente em Alagoas. Nós queremos tentar com essa medicação, fechar as feridas e reduzir esses números de amputações”, finalizou a Dra. Beatriz Ferraz Cabanelas.